Guardiões da Floresta: PM celebra dia do policial militar ambiental

Somente nos oito primeiros meses deste ano, foram realizadas mais de 48,2 mil intervenções policiais em crimes ambientais

 

 

Maior força de proteção estadual da natureza na América Latina, o Policiamento Ambiental comemora nesta quinta-feira (21) o dia do Policial Militar Ambiental e o dia da árvore. São mais de 100 unidades integradas de atendimento espalhadas por todo o estado, que desempenham um papel fundamental para garantir que a legislação ambiental seja, de fato, cumprida.
Somente nos oito primeiros meses deste ano, foram realizadas mais de 48,2 mil intervenções policiais em crimes ambientais, o que representa uma média de cerca de 200 ações por dia. Como resultado, mais de 10 mil autos de infrações foram elaborados, com a retirada das ruas de 247 armas de fogo, impedindo seu uso tanto em crimes que atentem contra vida humana quanto na caça ilegal de animais.
“O Comando de Policiamento Ambiental combate a criminalidade organizada, protege a água, o ar, combate fogo e protege a nossa terra. Isso faz de vocês uma tropa de multi propósito, pois não é focada em um tipo de atividade, muito pelo contrário, é uma tropa que consegue navegar de um lado a outro para o serviço de segurança pública”, citou o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Cássio Araújo de Freitas.
Atuação em diversas frentes
O enfrentamento ao crime ambiental acontece em diversas frentes, como, por exemplo, no resgate a animais, sejam eles silvestres e exóticos, mantidos ilegalmente em cativeiro, ou domésticos, que são maltratados. De janeiro a agosto, foram realizados mais de 10,7 mil resgates, com as aves ocupando o topo do ranking. Isso porque manter em cativeiro pássaros já se tornou algo comum, especialmente nos centros urbanos, mesmo que a prática se enquadre em crime ambiental.
A PM Ambiental ainda apreendeu mais de 8 mil m³ de madeiras extraídas ilegalmente que seriam vendidas, resultado das mais 1,2 mil fiscalizações realizadas em comércios. Em São Paulo, as equipes ainda monitoram, por meio de imagens de alta resolução de satélites, o desflorestamento para evitar a extinção de áreas verdes protegidas.
Os policiais ainda buscam garantir a sobrevivência dos animais e até mesmo das plantas ameaçadas de extinção, como o caso da palmeira-juçara, que frequentemente é alvo de criminosos. Nas ações até agosto, 41 indivíduos envolvidos na extração ilegal de palmito foram autuados e 5.925 unidades de palmito in natura foram apreendidas.
Já o policiamento náutico atua nas águas para proteger a fauna aquática. Uma das ações realizadas é o enfrentamento à pesca ilegal, com mais de 4,7 mil fiscalizações realizadas neste ano. Nos rios e lagos, o período que impede a pesca é chamado de Piracema, que se inicia em 1 de novembro para garantir a reprodução das espécies continentais. No mar, porém, a época é diferenciada por espécies.
O risco baloeiro também é um ponto de atenção para a PM Ambiental. Embora pareça inofensiva, soltar balões é uma prática que põe em risco vidas humanas, a fauna e a flora. Até o mês passado, 214 balões foram apreendidos, com 69 autuações relacionadas à sua produção, transporte e soltura. Além das fiscalizações em busca de fábricas clandestinas, o policiamento ambiental também atua observando os balões que já estão no céu.

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