O Brasil é um dos maiores exportadores de commodities no mundo e tem números expressivos a nível mundial em diversas culturas, como a soja, o milho, o café, a carne bovina, o minério de ferro e muitas outras. Isto faz com que o país precise, ao mesmo tempo, de uma atuação ativa dos agentes políticos e econômicos e de estratégias para manter ou melhorar estes indicadores.
Do ponto de vista político, os produtores rurais esperam dos governos, especialmente do governo federal, uma série de incentivos que podem contribuir para a consolidação do Brasil como uma potência exportadora. Os incentivos que podem ser adotados pelo governo podem se dar como políticas de incentivo, investimento, apoio e fortalecimento da imagem do país no exterior.
Os legisladores e representantes do executivo podem criar políticas de incentivo à exportação, como a isenção de impostos e o oferecimento de linhas de crédito específicas para a exportação, com o intuito de aumentar a competitividade dos produtos brasileiros no mercado global.
Ainda com a intenção de aumentar a competitividade dos produtos brasileiros, é vital que os políticos brasileiros aumentem os investimentos em infraestrutura modal e de capacidade produtiva, bem como apoie a adoção e o desenvolvimento de novas tecnologias, o que se dá, em um primeiro momento, pelo investimento em pesquisa científica e incentivo para os produtores.
O fortalecimento da imagem do Brasil no exterior, seja por meio da divulgação cultural, do posicionamento ecológico e dos avanços tecnológicos, acarreta um aumento da demanda por produtos brasileiros no mercado internacional. Além disso, pode ajudar em alianças estratégicas com outros países e empresas.
As alianças estratégicas, por meio de acordos comerciais, cooperação tecnológica e intercâmbio cultural, contribuem para a abertura de novos mercados e um aumento da competitividade e interesse por empresas brasileiras no mercado internacional.
Os produtores rurais, por sua vez, devem adotar uma postura que contribua com os incentivos governamentais e de mercado e, que, igualmente contribua para a evolução dos próprios incentivos. Por exemplo, os produtores devem buscar assessoria jurídica e contábil especializada para garantir uma maior produtividade com base nos incentivos fiscais e linhas de financiamento adequadas.
A promoção de novas tecnologias que podem ser aplicadas no campo também depende dos produtores rurais, que podem patrocinar projetos científicos e ter ganhos significativos com a adoção de referidas tecnologias, sejam oriundas da pesquisa e ciência brasileira ou desenvolvidas no exterior e adaptadas para a realidade do país.
Em suma, espera-se que o setor político mantenha uma posição ativa no sentido de incentivar o crescimento das exportações no Brasil, e que os exportadores estejam aptos para utilizar os incentivos de forma adequada para sedimentar a posição estratégica do Brasil no comércio exterior. Para tanto, é muito importante que os produtores contem com a assessoria de profissionais capacitados para auxiliar com a parte burocrática.

Por Gianlucca Murari – advogado
gianlucca@dossotoledo.com.br