Simplesmente Mãe

Já falei de vó, de filhos, de pai, e ainda não falei de mãe, mesmo tendo já expressado minhas palavras e sentimentos sobre as “Guerreiras do Amor”, que estão muito além da maternidade.
Como escritora e mãe que também sou, primeiramente priorizei a todos, assim como todas as mães o fazem. São as primeiras a acordarem e as últimas a dormirem, quase sempre comem o que sobra, na maioria das vezes frio, pois a maior preocupação é que seus filhos comam, e bastante! Só depois de terem se certificado que estão bem alimentados, lembram que sua última refeição foi a mais de seis horas atrás.
Sem hesitar dizem seu sim, a exemplo de Maria, mãe de Jesus e também nossa. Primeiramente doando seu corpo para morada eterna de seus filhos, nove meses no ventre e eternamente no coração. Doam seu tempo, sua vaidade, suas noites de sono, seus desejos e sua vida, se for preciso.
Para as mães, os filhos serão eternamente” bebês”, e se surpreendem ao verem o quanto estão crescendo, mas jamais crescerão a ponto de não mais caberem no colo, no abraço e no peito.
São as mãos que auxiliam no primeiro passo, o apoio para os degraus, o acalento para os tombos, o remédio para os ferimentos, a rampa para os voos e eternamente porto seguro para o descanso da alma.
Sei que algumas mães, não conseguem cumprir seu papel, mas haverá sempre uma alma iluminada, disposta a assumir tão precioso cargo, seja ela avó, tia, vizinha, ou até uma completa desconhecida, que terá muito orgulho de ser mãe de coração, amando e carregando esses filhos no peito para todo o sempre.
Anjos de luz, de doçura e bravura inigualáveis, um misto de médicas, enfermeiras, professoras, chefes de cozinha, treinadoras físicas, psicólogas; guerreiras incansáveis, que se desdobram, se multiplicam, se dividem e só somam amor, tanta complexidade que se resume em “ Simplesmente Mãe”.

Erika Borges
Cronista e Escritora – autora do livro Crônicas e Reflexões da Vida.