Foto – Kleber Rosa, Henrique Prata e Renato Junqueira durante entrevista
Na tarde desta sexta (30), o gestor do Hospital de Amor, Henrique Prata, que é responsável pela administração da Santa Casa, Hospital Nossa Senhora e AME – Cirúrgico – concedeu entrevista à imprensa, ao lado do secretário de saúde, Kleber Rosa e o diretor financeiro do Hospital de Amor, Renato Junqueira.
Durante a coletiva, Henrique Prata, apresentou números relacionados aos déficits gerados na instituição com a Covid-19 no valor de R$24,263 milhões até o mês de abril, sendo R$13,9 milhões para bancar o atendimento da Covid e mais R$9,166 milhões de investimentos em equipamentos no Hospital Nossa Senhora, no AME e no Hospital Estadual de Bebedouro, totalizando 15 meses de pandemia. “Esses números são muito relevantes e está tendo uma CPI agora na Câmara, e as pessoas não conhecendo os números, podem interpretar de forma diferente. Espero que a CPI possa identificar este nosso acúmulo de prejuízos”, afirmou o dirigente.

Segundo Henrique Prata, para diminuir os custos e já pensando na queda gradativa dos casos, será encerrado o atendimento dos 60 leitos da UTI do Hospital Nossa Senhora, mantendo o funcionamento apenas nos meses de maio e junho e posteriormente essa demanda será suprida por 20 leitos de UTI na Santa Casa, 10 leitos no AME-Cirúrgico, 30 em Bebedouro e 15 em Olímpia, totalizando 75 leitos. “Estou anunciando que o Hospital Nossa Senhora vai rodar apenas mais 60 dias. Acreditamos que essa demanda existente em Barretos e região irá suprir o atendimento dos pacientes da Covid. Chegou num ponto em que não podemos mais ficar com o prejuízo, e até agora ninguém se manifestou quem irá pagar esse déficit”, afirmou Henrique. De acordo com Henrique Prata, o custo atual de manutenção da UTI é R$2.200,00 por dia e o SUS paga apenas R$720,00.
O secretário de saúde, Kleber Rosa, afirmou que o município já está se preparando para atender a demanda com o fechamento dos leitos de UTI do Hospital Nossa Senhora.