Atualização do plano de flexibilização econômica foi anunciada nesta sexta (26)

O governo de São Paulo regrediu a Grande São Paulo, que inclui a capital paulista, além das regiões de Campinas, Registro e Sorocaba, à fase laranja da quarentena, que veta o funcionamento de bares e permite que restaurantes operem até as 20h.

Já as regiões de Ribeirão Preto e Marília, que estavam na laranja, retornaram à vermelha, na qual apenas serviços essenciais podem operar. Piracicaba foi a única a avançar, e passou à fase amarela, que libera funcionamento de restaurantes até 22h.

A reclassificação foi divulgada pela gestão estadual na tarde desta sexta-feira (26).

 

As mudanças ocorrem após as regiões apresentarem piora nos indicadores de Covid-19. Nesta sexta (26), São Paulo completou um ano de Covid-19 e registra lotação recorde em hospitais privados e públicos da capital paulista.

Araraquara, Bauru e Presidente Prudente, que já estavam na fase vermelha, registram taxa de ocupação de UTI acima de 90% e também seguem em sinal de alerta.

As reclassificações das regiões do Plano São Paulo são sempre anunciadas em sextas-feiras, e passam a valer na segunda-feira seguinte. Entretanto, no caso de piora nos indicadores, o governo pode determinar recrudescimento das medidas antes do previsto.

Mapa com a nova reclassificação das regiões no Plano São Paulo realizada nesta sexta-feira (26). — Foto: Divulgação/Governo de São Paulo

Circulação noturna

 

Na última quarta-feira (24), o governo paulista anunciou a restrição de circulação em todo o estado das 23h às 5h. A medida entra em vigor na noite desta sexta (26) e deve permanecer até o dia 14 de março.

Chamada de “toque de restrição” pelo governador João Doria, a determinação é complementar ao plano de flexibilização econômica, o chamado Plano São Paulo, e foi orientada por médicos e cientistas que fazem parte do comitê de saúde do governo estadual.

Ela foi tomada após o estado ter registrado o maior número de pacientes com Covid-19 internados em UTI desde o início da pandemia. O governo teme que os leitos se esgotem em 22 dias.

O cumprimento da restrição de circulação será fiscalizado

por uma força-tarefa composta por integrantes das vigilâncias sanitárias, Polícia Militar e Procon.

Em decreto publicado no Diário Oficial desta sexta, o governo autoriza a PM a determinar a dispersão de aglomerações, “sempre que constatar reunião de pessoas capaz de aumentar a disseminação da Covid-19.”

Principais pontos da restrição

 

  • Serviços essenciais, como postos de gasolina, transporte público e supermercados, podem funcionar no horário de restrição.
  • Bares, restaurantes e comércios não podem operar no horário. No entanto, esses estabelecimentos já eram restritos pelo Plano SP e devem fechar às 20h ou às 22h, a depender da região do estado.
  • Escolas públicas e particulares podem funcionar seguindo os protocolos já estabelecidos.
  • Na prática, governo diz que vai endurecer fiscalizações no horário das 23h às 5h.
  • Polícia vai fazer blitzes de orientação à noite, mas não serão aplicadas multas a pessoas que estiverem nas ruas após as 23h.

 

O que muda

 

Embora o governo estadual tenha defendido que a nova medida será eficaz para coibir aglomerações em bares e festas clandestinas, que costumam ocorrer no período noturno, a restrição de circulação tem pouco efeito prático porque as regras do Plano São Paulo já impedem o funcionamento de serviços não essenciais após as 22h.

O governo afirmou, porém, que desta vez fará uma força-tarefa para ampliar a fiscalização dos estabelecimentos, mas não esclareceu o que será feito com o cidadão que desrespeitar as novas medidas.

Ainda de acordo com a gestão estadual, o direito de ir e vir não será restringido, mas o descumprimento de protocolos resultará em multa – e isso para além da multa já estabelecida para quem não usa máscara.

FONTE : G1

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