Covid-19: Brasil tem novo recorde, com 751 óbitos; negros são maioria dos mortos
Mais um dia que não se para de somar as mortes pelo novo coronavírus no Brasil. Dados divulgados pelo Ministério da Saúde, nesta sexta-feira, contabilizam mais 751 mortes pela Covid-19. Os valores representam quase sete vezes o massacre do Carandiru, que, em 1992, matou 111 detentos em São Paulo. O saldo das mortes agora é de 9.897 vítimas da doença.
O número de contaminados registrou sua segunda maior contagem, com 10.222 novos casos, que agora totaliza mais de 145 mil infectados no país.
São Paulo continua como o estado que perdeu mais vidas com a doença, com 3.416 mortos registrados pelo governo. O Rio de Janeiro vem em seguida, com 1503 mortos; Ceará, 966; Pernambuco, 927; e o Amazonas, 874 óbitos.
Os dados apresentados pelo Ministério da Saúde mostram que mais pessoas pardas e pretas morrem pelo coronavírus do que pessoas brancas. O número de pretos e pardos mortos é de 51,3%, ante 46,5% dos brancos. Mas as pessoas brancas são as que mais ingressaram nos hospitais pela Covid-19, com 54,8%, ante 43% de pretos e pardos hospitalizados.
Em coletiva de imprensa nesta sexta-feira, o secretário-substituto de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Eduardo Macário, explicou como é feito o registro de óbito pelo coronavírus através Sistema de Informação sobre Mortalidade.
Eduardo Macário explica que mesmo que as informações cheguem em 15 dias, só é possível fechar os números de mortalidade no país no prazo de 12 meses, que é quando o Ministério consegue obter próximo de 100% de todos óbitos ocorridos no ano.