Mussa e equipe da Saúde atualizam sobre epidemia de dengue em Barretos e pedem colaboração da população

 

Controle de vetores já eliminou mais de 6.800 criadouros do Aedes aegypti neste ano. Município tem 2.330 casos positivos e duas mortes foram confirmadas

O vice-prefeito Mussa Calil Neto e o secretário municipal de Saúde, Ângelo Roberto Gonçalves, acompanhados de outras integrantes da pasta, atualizaram informações sobre a epidemia de dengue em Barretos e mais uma vez pediram a colaboração da população na luta contra o mosquito Aedes aegypti.

“É necessário combater dentro de casa o mosquito transmissor da dengue. Não vai ser só com a ação do poder público que vai dar conta. Precisa haver essa correlação com a sociedade para nos ajudar, não deixando acumular água. Ajudar a proteger a própria vida e a vida de quem estiver na sua casa, os familiares, os visitantes, os vizinhos. A dengue só vai ser controlada se eliminarmos os criadouros. O compromisso de cada um é por todos”, ressaltou Mussa.

Ele comunicou que foram confirmadas no município duas mortes causadas pela doença. “Nós aqui em Barretos também ficamos muito tristes ontem por causa da morte do Papa, mas hoje estamos falando de duas barretenses que perderam as suas vidas aqui entre nós por algo que poderia ser evitado. Nós não podemos perder essa batalha. Peço para toda a população de Barretos para receberem os agentes para que eles passem as instruções de como a casa deve ser mantida sem materiais que acumulem água”, destacou.

O município recebeu do laboratório que estava fazendo a análise a confirmação que a dengue foi a causa da morte de uma menina de 1 ano, ocorrida em 11 de fevereiro, e de uma mulher de 56 anos, ocorrida em 24 de março. Mussa destacou que também é apurada a causa de outras três mortes.

Ângelo lembrou que a dengue é uma epidemia nacional e que a prevenção é o melhor caminho. “Precisamos que cada um faça o seu papel. É preciso ter os cuidados com esse mosquito, pois ele causa muitos danos ao sistema de saúde”, afirmou. O secretário reforçou a orientação para que as pessoas com sintomas da doença procurem uma Unidade Básica de Saúde (UBS). “Na própria UBS será feita a triagem e o paciente será orientado. Se for um caso mais severo, o paciente é encaminhado para a UPA”, destacou.

Até esta terça-feira, 22, foram feitas 4.611 notificações de dengue no município, resultando em 2.330 casos positivos e 1.953 negativos; outros 328 estão aguardando conclusão. Com relação à chikungunya, que também é transmitida pelo Aedes aegypti, foram feitas 487 notificações, resultando em 33 casos positivos e 434 negativos; outros 20 estão aguardando conclusão. Para Zika foram realizadas 4 notificações e todas tiveram resultado negativo.

Trabalho de casa em casa
Cláudia Costa, coordenadora do Controle de Vetores, reforçou que os agentes realizam visitas diariamente em imóveis de Barretos e que já vistoriaram mais de 64 mil. “Nesses imóveis, os agentes já encontraram e eliminaram larvas em 6.807 criadouros e toda a cidade já recebeu a nebulização veicular ou costal. A colaboração do morador é primordial.. No período de 30 a 40 dias entre uma visita e outra do agente, os moradores têm que manter o trabalho de eliminar água parada em recipientes no quintal, na calha, colocar água sanitária em ralos e vasos sanitários que estejam sem uso, lavar a vasilha de água do cachorro”, informou.

Ela reforçou o pedido para que a população receba os agentes nos imóveis e para que abram portas e janelas quando a nebulização veicular estiver sendo realizada. Cláudia também destacou que já foram retirados 683 caminhonetes e 73 caminhões com materiais sem serventia, que poderiam servir para acumular água.

A coordenadora da Vigilância Epidemiológica do Município, Manuela Zili Theodoro Ribeiro, reforçou a importância das pessoas com sintomas, além de se hidratarem, procurarem uma UBS. “As ações do controle de vetores para controlar a disseminação da dengue no município são atualizadas constantemente a partir das notificações que são realizadas nas UBSs”, ressaltou.

Vacinação para 10 a 14 anos
Marina Francisco lembrou que a vacina também é uma forma importante de prevenção contra a dengue e que está disponível para crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos. “Deve ser tomada em uma UBS entre 8 e 16h ou no Postão entre 8 e 12h, de segunda a sexta-feira. Para atingir a imunidade completa, devem ser tomadas as duas doses, mas muitos ainda não foram tomar nem a primeira. Tanto quem tem essa idade e não começou a tomar, quanto quem está com a segunda dose em atraso devem procurar uma unidade e se vacinar”, afirmou.

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