Sinsprev participa do Dia de Mobilização em Defesa da Democracia
Os ataques à democracia não podem ser esquecidos
O Dia de Mobilização Nacional em Defesa da Democracia, 23 de março, foi marcado por atos públicos em mais de 20 cidades em todo o Brasil.
Na cidade de São Paulo a manifestação, convocada pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, aconteceu em frente à Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), no Largo São Francisco.
O Sinsprev/SP juntou-se às demais categorias e movimentos alertando que a luta pela Democracia é diária e que um país não pode viver sob ameaças de golpes e de ataques a direitos sociais e civis, pois não há avanços sociais, trabalhistas e políticos fora do regime democrático, como pretende a extrema direita.
Um dos pontos da manifestação foi garantir a memória dos 60 anos do golpe de estado no Brasil para que não mais se repita, como tentaram os golpistas de 8 de janeiro de 2023, além de prestar solidariedade e exigir o fim do genocídio do governo de Israel contra o povo palestino.
Somente no regime democrático a população tem todos seus direitos garantidos. Prova disto é que somente após seis anos os supostos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes foram presos. Até então, a investigação ficou restrita à polícia civil, cujo chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro à época dos assassinatos, Rivaldo Barbosa, foi um dos presos no dia de ontem, 24 de março, apontado pela Polícia Federal como suspeito de planejar o crime.
Todos acompanharam estarrecidos ao longo de cinco anos a troca de chefias na polícia carioca e a recusa em enviar o caso para o âmbito federal. Somente a partir de 2023, após a saída do governo anterior, a Polícia Federal pode comandar as investigações e prender os supostos mandantes que, além do ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, também apontou os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Rio de Janeiro e deputado federal pelo União Brasil, respectivamente, que, segundo relatório da Polícia Federal, foram os idealizadores do assassinato de Marielle Franco, por ela contestar loteamento de terras que envolvia interesses da milícia e grilagem.
O avanço da extrema direita em todo o mundo é fruto da crise econômica que assola os mais diversos países, assim como o Brasil. Para não perder seus privilégios, à extrema direita avança sobre os direitos conquistados pelos trabalhadores, mesmo que para isso aumente a desigualdade social, chegando ao extremismo de autoridades públicas encomendarem o assassinato de quem os combata.