Servidores mais antigos comentam sua trajetória dentro do hospital centenário, referência na região

No dia 3 de abril de 1921, a Santa Casa de Misericórdia de Barretos abria suas portas para o público com o compromisso de cuidar e transformar vidas. Ao longo dos anos, essa história se entrelaçou com a de tantas famílias. Mensalmente, a Santa Casa, sob gestão da Fundação Pio XII – Hospital de Amor, realiza, em média, quase mil internações, mais de 400 cirurgias, 3,8 mil atendimentos em seu Pronto-Socorro e cerca de quatro mil exames em diferentes especialidades. São 40 leitos na UTI e um novo centro cirúrgico especializado em cardiologia, habilitado para realizar procedimentos de alta complexidade. Até o momento, já foram realizados dois transplantes de coração, além de quase quatro mil procedimentos de cateterismo e angioplastia, no Anexo 1 – Hospital Nossa Senhora.

Os depoimentos de três dos mais antigos funcionários do hospital refletem o momento atual da instituição. Neli Freire, que completará em 2026 meio século de trabalho na Santa Casa, atua no departamento de faturamento desde que ingressou na instituição. Mesmo aposentada, optou por continuar no setor. “Digo que o faturamento da Santa Casa é minha verdadeira família. Foram muitas mudanças ao longo dos anos. Algumas não foram boas, já passei por momentos bem complicados aqui. Hoje, só tenho a agradecer: plano de saúde, cesta básica, salário em dia, algo que não tínhamos em vários momentos. Como funcionária, sou grata por essas mudanças”, afirma.

Gustavo Oliveira, gerente de faturamento, trabalha na Santa Casa desde 1994. Ele lembra que ingressou no hospital em um momento decisivo, quando foi necessário informatizar os processos, substituindo os registros manuais. “Nesses anos todos, vi várias situações em que o paciente chegou em estado grave e a equipe médica conseguiu reverter o quadro, permitindo que ele saísse bem. Hoje, percebo uma grande mudança na gestão administrativa, que está mais técnica, e os funcionários têm mais voz. Algo que me emocionou muito foi o nascimento dos meus filhos, porque eu nasci na Santa Casa, meus filhos nasceram na Santa Casa. Quando vejo o prontuário e a marca do pezinho deles, me sinto parte dessa história e dessa evolução”, compartilha.

Regina da Conceição Barroso trabalha na Santa Casa há 45 anos, também no faturamento. Ela relembra tempos diferentes. “Cada andar tinha as irmãs, as freiras, que nos ajudavam muito com orientações. Era muito gostoso conviver com elas. Quando estávamos desanimados, elas nos levantavam. Mas vejo que hoje está tudo ainda melhor. Melhoraram os quartos, o atendimento e o conforto dos pacientes, algo que antes não tínhamos. Hoje, tudo é mais bonito. O que mais me emociona são as mudanças positivas, porque praticamente moramos mais dentro do hospital do que em nossa própria casa. Aqui é a minha vida, e tenho muito orgulho de trabalhar na Santa Casa. Desejo que ela evolua sempre mais”, diz emocionada.

Para o coordenador das atividades médicas do hospital, Dr. Sérgio Luiz Brasileiro Lopes, um dos maiores destaques da Santa Casa neste aniversário é a equipe médica. Atualmente, são mais de 210 médicos atuando presencialmente em tempo integral, abrangendo diversas especialidades. “Hoje, temos um time muito bem formado e consolidado, que presta atendimento hospitalar da forma como desejamos: humanizado, centrado no ser humano, e não apenas na condição de saúde do paciente. Chamamos cada um pelo nome, conhecemos as famílias dos internados, realizamos reuniões familiares com frequência e integramos as vontades e necessidades de cada caso para garantir um atendimento de qualidade. Isso nos enche de orgulho”, destaca.

Todos esses depoimentos, e muitos outros, poderão ser acompanhados nas redes sociais do hospital ao longo do mês de abril.