Reunião discute plano de enfrentamento das queimadas
Uma importante reunião realizada na manhã desta segunda-feira (12), no Sindicato Rural do Vale do Rio Grande tratou da implantação do PAM – Plano de Atuação Mútua abrangendo os municípios de Barretos, Colina, Colômbia e Jaborandi que estão na área de abrangência do sindicato. Participaram da reunião, os diretores do Sindicato e FAESP, Defesa Civil de Colina e Colômbia, Usina Raízen, CATI e produtores rurais.
O tesoureiro do Sindicato Rural do Vale do Rio Grande, Antônio Roberto Filisbino, disse que a intenção desta segunda reunião foi discutir a implantação do PAM (Plano de Atuação Mútua), principalmente em Barretos que é uma das cidades mais quentes do Brasil. “O fogo quando começa em uma propriedade rural, rapidamente ele se alastra porque geralmente tem muita massa seca (palhada de cana, pastagem) e nesta época do ano temos muito vento, o que acaba contribuindo para aumentar os danos. A captação de água em área de APP (área de preservação permanente) é proibida, o que acaba dificultando o combate a incêndios florestais, pois em muitos casos a distância entre as frentes de combate e o ponto onde se pode captar a água é muito distante, com a demora o fogo se alastra ainda mais, aumentando os prejuízos ambientais e econômicos. A alternativa seria a liberação de pontos estratégicos de captação pelos órgãos responsáveis, já ajudaria muito no controle de focos de incêndios”, disse Filisbino.
O diretor do Sindicato Rural e vice-presidente da FAESP, Cyro Penna Júnior, disse que os incêndios é uma grande preocupação do Sindicato, FAESP, Usinas, produtores e da sociedade. “A nossa região tem muita cana-de-açúcar econômica e social muito grande. A gente tem que diferenciar as queimadas controladas que não são permitidas, e os incêndios criminosos e acidentais que acontecem atualmente. Estamos construindo esse movimento para ver se a gente consegue debelar e minimizar os impactos que estes incêndios proporcionam aos produtores rurais”, afirmou Cyro.
A produtora rural Suelen Carlomagno, que também está à frente do movimento, afirmou que a região de Barretos é conhecida como uma área de sertão e há duas semanas foi a região mais seca do país. “Diante desse cenário diário de produção rural e de cana, estando muito seco, facilita a propagação do fogo. Ao contrário do que as pessoas pensam, 90% dos incêndios são em consequência do comportamento humano”, afirmou. Para ela, é importante a implantação de uma logística para juntar os caminhões e as equipes das usinas para apagar esses incêndios. “Não estamos dando conta dessa demanda, estamos organizando essa ação, junto com as usinas e as associações, para ver os lugares de captação de água, onde estão os caminhões e as dificuldades de chegar nas propriedades. Estamos tentando agilizar esse processo para que no ano que vem, possa caminhar de uma forma mais sólida”, explicou Suelen.