Servidores do INSS cobram reajuste e não descartam paralisação a partir de 16 de julho

 

0% eu não aguento. Servidor no Orçamento!
Se não negociar, o INSS irá parar.  com estas palavras de ordem os servidores iniciaram o ato público no dua 3 de julho, Dia Nacional de Luta dos Servidores do INSS, em frente à Superintendência de São Paulo.  O ato ocorreu no  momento em que as entidades representativas da categoria participavam da terceira rodada de negociação da Mesa Específica e Temporária do Seguro Social com o MGI (Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos).

ATO

Na manifestação, os servidores e servidoras denunciaram o descaso do governo com a pauta de reivindicações da categoria, o não cumprimento do acordo de greve de 2022, e as péssimas condições de trabalho no INSS que prejudicam o atendimento da população.

REUNIÃO
Após o ato público, uma comissão de servidores do Sinsprev/SP, Fenasps e ativistas do Sindicato foi recebida pelo Superintendente do INSS em São Paulo, Vanderlei Barbosa dos Santos, que estava em reunião com a Superintendente do INSS Norte e Centro Oeste, Léa Bressy Amorim, e o Superintendente do INSS Minas Gerais e Espírito Santos, Thiago Prata, que também participaram da reunião com o Sindicato.
Os representantes da categoria expuseram que o governo não atendeu nenhum item da pauta de reivindicações da categoria para a valorização da carreira, muito pelo contrário, apresentou uma tabela que rebaixa o vencimento básico de ingresso e não avançou na valorização da carreira, além de não cumprir o acordo de greve de 2022 de uma das poucas categorias que realizaram greve no governo anterior.
Informaram que, caso não haja um avanço na negociação, a Plenária Nacional, realizada no último domingo, 30 de junho, deliberou pela deflagração de greve por tempo indeterminado a partir do dia 16 de julho.
O Sinsprev/SP expôs sobre o sucateamento do parque tecnológico do INSS, com sistemas que caem a todo momento, causando estresse nos servidores e nos segurados que buscam informações de seus direitos.
Segundo o superintendente, o projeto é trocar todos os computadores, porém não há orçamento para tanto e que a questão dos problemas ocasionados pelos sistemas é, em grande parte, decorrente da estrutura da Dataprev.
O Sindicato também expôs que, mesmo com o número reduzido de servidores – em 2015 eram mais de 25 mil e hoje são 18 mil – a produtividade é a mesma, ou seja, os servidores estão trabalhando o dobro. Foi destacado pela gestão que a automação permitiu isso, e rebatido pelas representações sindicais que a automatização colabora, porém gera inúmeros problemas, pois não consegue orientar o segurado sobre o motivo de ter seu pedido indeferido, gerando inúmeros transtornos tanto para os servidores quanto para a população.
O Sinsprev/SP também ponderou que cerca de 40% dos que procuram o INSS não têm sequer condições de comprar um celular básico e que o papel do Instituto é acolhê-los e orientá-los.
Neste sentido, o Sinsprev/SP destaca a importância da retomada do Serviço de Socialização de Informações Individual e Coletivas no Serviço Social para suprir parte dessa defasagem junto à população.
Ao final da reunião, o superintendente se comprometeu em encaminhar as reivindicações apresentadas pelo Sinsprev/SP.

 

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