Ato em SP reinvidica reposição de perdas salariais dos trabalhadores da Previdência, Saúde e Trabalho
Os servidores federais de diversas regiões do estado de São Paulo participaram no dia 21 de maio de um ato público do Sinsprev/SP em frente às Superintendências dos Ministérios da Saúde e do Trabalho e emprego reivindicando que o governo realmente negocie na Mesa Setorial da Carreira CPST (Carreira da Previdência, Saúde e Trabalho) que aconteceu em Brasília.
Durante a manifestação os servidores abordaram a intransigência do governo em repor, neste ano, parte das perdas salariais do funcionalismo federal, apresentando proposta apenas para 2025, de 9% e de 3,5% para 2026, considerada insuficiente pelos fóruns das categorias para recompor as perdas salariais que chegam a 56% para os servidores do Ministério da Saúde.
Além disso, em 2024, apenas os servidores ativos foram contemplados ao reajustar benefícios que não atingem os aposentados. Essa postura entendemos ser etarista.
Após a manifestação, uma comissão foi recebida pela superintendente do Ministério da Saúde, Cláudia Maria Afonso de Castro.
O Sinsprev/SP expôs que os servidores do Ministério da Saúde pertencem a uma das carreiras com menor remuneração de todo o funcionalismo federal. Informou sobre a terceira rodada da Mesa Setorial que ocorre hoje, solicitando que encaminhe à Brasília, ainda nesta tarde, o ofício do Sinsprev/SP e a contraproposta das entidades nacionais que negociam junto ao governo.
A superintendente comprometeu-se a encaminhar a documentação. Aproveitou a oportunidade para expor a necessidade de proporcionar aos servidores atualização e qualificação. Informou que apoia aqueles que realizam cursos, permitindo, inclusive, que sejam no horário de trabalho.
Declarou que o principal papel do Ministério da Saúde e de seus servidores é o de lutar para que o SUS seja o melhor “plano de saúde” no país, criticando o termo “cedido ao SUS”, pois todos que trabalham no Ministério constroem o SUS.
Entidade Sindical não é bem vinda no MTE
Diferentemente do tratamento recebido pela Comissão do Sinsprev/SP no Ministério da Saúde, na Superintendência do Ministério do Trabalho e Emprego uma trabalhadora do gabinete do superintendente, Marcus Alves Mello, informou que ele não estava e se recusou terminantemente a protocolar o ofício do Sinsprev/SP, alegando que isso deveria ocorrer no setor de protocolo.
O Sindicato explicou a urgência em decorrência da audiência que ocorre hoje da Mesa Setorial. De forma agressiva a trabalhadora recusou por diversas vezes a fazer o protocolo chegando, inclusive, a ter uma postura intimidadora com um diretor do Sinsprev/SP que trabalha há décadas no Ministério do Trabalho e Emprego.
Após muita insistência, simplesmente colocou no ofício encaminhamento para o setor de protocolo.
O comportamento desta trabalhadora da Superintendência do Ministério do Trabalho e Emprego destoa dos princípios do próprio Ministério que, dentre eles, está a negociação com as entidades representativas das mais diversas categorias de trabalhadores.
O Sinsprev/SP encaminhará documento relatando o tratamento da Superintendência em São Paulo, ao ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que de 1996 a 2003 foi presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e tendo em seu currículo a presidência da Central Única dos Trabalhadores (CUT).