Terceira edição do ‘Todas as cores contra o racismo’ lota o Cine Barretos
Evento, promovido pelo Cemei Ana Carvalho Castanho em comemoração ao mês da Consciência Negra, contou com diversas apresentações artísticas da cultura afro
Pelo terceiro ano consecutivo, o Centro Municipal de Educação Infantil Ana Carvalho Castanho, do bairro Zequinha Amêndola, realizou o evento “Todas as cores contra o racismo” e lotou o Centro Cultural ‘Osório Falleiros da Rocha’ – Teatro Cine Barretos, na noite de terça-feira, 14 de novembro. O espetáculo em comemoração ao mês da Consciência Negra, cuja celebração se dá na próxima segunda, dia 21, contou com diversas apresentações artísticas sobre a cultura afro.
Silvana da Silva Sampaio, diretora do Cemei, contou que a ideia do evento surgiu em 2021 para, além de lutar contra o racismo, fortalecer a autoestima da pessoa negra. “Esse evento começou de uma ideia que eu tive assim que cheguei a Barretos e percebi que, diferente de outras cidades que morei, o negro tem mais oportunidades. Embora o racismo continue existindo, porque ele é estrutural, aqui havia mais possibilidades, principalmente profissionais, para a pessoa negra. Então, em 2021, a gente teve a ideia de fazer um evento ainda pequeno lá na escola, que era na luta contra o racismo, mas de uma forma que fortalecesse a autoestima da pessoa negra”, comentou.
O vice-diretor Clóvis Candido dos Santos Filho explicou que as apresentações são a culminância de um trabalho desenvolvido ao logo de todo o ano na Unidade Escolar. “É um trabalho feito com muito afinco com as crianças, desde o início do ano letivo”, disse.
A edição deste ano ainda contou com a participação de 40 alunos da Escola Municipal Prof. Giuseppe Carnímeo; do Grupo Quintal da Capoeira, do Mestre Kim; “AF Company”, com a turma de Hip Hop Kids do Prof. Aristeu; além de várias surpresas.
Diretor da E.M. Prof. Giuseppe Carnímeo, também no bairro Zequinha Amêndola, Paulo Cezar do Nascimento falou da importância dessa parceria. “Assim que a Silvana fez o convite para nós, de pronto eu já aceitei, porque é uma coisa que vem ao anseio dos objetivos que a escola tem que é trabalhar a questão racial”. Ele também destacou que mais de 46% dos estudantes da Unidade Escolar em que atua são negros e que já enfrentou problemas relacionados à questão racial. “Já tivemos problemas, em dois anos de gestão, relacionados à questão racial, que levantamos e colocamos em pauta. Eu acho que é um dever meu e uma missão que a gente tem enquanto profissional e cidadão de estar levando essa bandeira adiante”, disse.