Homicídios seguem em queda no interior, com redução de 6,2% em oito meses
No período os roubos em geral, de veículos e a banco também tiveram redução
O trabalho das forças policiais no interior do estado entre janeiro a agosto deste ano resultou na queda de 6,2% nos homicídios dolosos. Foram 1.076 casos neste ano contra 1.147 no mesmo período do ano passado. O número segue a tendência de queda para este tipo crime no acumulado, que apresentou redução de 1,5% em maio, 4,7% em junho e 8,3% em julho. Somente em agosto, foram registrados 136 casos.
O número de roubos e furtos em geral tiveram reduções no período acumulado e no comparativo mensal. Nos primeiros oito meses do ano, os roubos em geral passaram de 29.949 para 28.924 , queda de 3,4%. A redução em agosto chegou a 8,7%, com 3.426 registros ante 3.751 no ano passado.
Em relação aos furtos em geral a queda foi de 1,2% no acumulado, de 162.424 para 160.507. No último mês, o número passou de 22.451 para 20.900 deste ano, recuo de 6,9%.
Já os roubos a banco, junto com 2019, bateram a série histórica, iniciada em 2001, nos dois comparativos. No acumulado de janeiro a agosto foi registrado apenas 1 caso, três a menos do que em 2022. Já em agosto não houve registros para este tipo de crime.
Roubos de veículos caíram 2,2% em oito meses, com 6.528 ante 6.676 delitos do ano passado. No comparativo mensal, a queda chegou a 17,5%, de 905 para 747 casos.
No acumulado do ano, os furtos de veículos registraram 19.466 ocorrências. No mês, os números passaram de 2.773 para 2.356, redução de 15%.
Os roubos de cargas aumentaram de 758 para 953 no acumulado e de 82 para 120 no último mês, altas de 25,7% e 46,3%, respectivamente. Para o delegado Oswaldo Diez, coordenador do Procarga (Programa de Prevenção e Redução de Furtos, Roubos e Desvios de Carga), o crescimento nos índices se deve ao fato do interior possuir excelente malha viária, que facilita o escoamento de mercadorias para todo o Brasil e atrai o crime organizado. “No passado, as quadrilhas visavam apenas a carga. Hoje, como o valor agregado do caminhão é alto, eles aproveitam também para fazer o desmonte do veículo. Ou seja, em uma única ação, estamos combatendo três tipos de delito”, diz.
Os latrocínios tiveram 61 casos registrados no ano até agosto, variação de 29,8% em relação ao mesmo período do ano passado quando 47 casos foram notificados. Em agosto, foram 3 casos a mais, de 2 para 5.
Em oito meses, os casos de estupro tiveram alta de 14,4%, de 5.011 para 5.731. No comparativo mensal, foram 794 registros ante 705 de 2022, oscilação de 12,6%.
O crime de estupro é o que tem o mais alto índice de subnotificação. Por isso, de acordo com a dra. Jamila Jorge, coordenadora estadual Delegacias de Defesa da Mulher, o aumento de registros indica que agora as vítimas possuem mais confiança para procurar a polícia e denunciar os agressores.