Encontro discute estratégias no enfrentamento às organizações criminosas
2º Seminário Bancário de Prevenção e Repressão ao Crime foi realizado em São Paulo
O 2º Seminário Bancário de Prevenção e Repressão ao Crime Organizado reuniu a cúpula de segurança pública de São Paulo e de outros Estados da federação nesta quarta-feira (13). O evento, realizado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), discutiu estratégias de enfrentamento aos crimes bancários e às facções que atuam no país.
O painel “Estratégia de Enfrentamento do Crime Organizado no Estado de São Paulo” contou com a participação do secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, o comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo, coronel Cássio de Freitas, e o delegado do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC), Fábio Pinheiro Lopes.
O secretário Guilherme Derrite, que abriu o encontro, destacou que a agenda tática da Secretaria da Segurança Pública (SSP) é atacar a logística utilizada pelo crime e a lavagem de dinheiro. “Cabe a nós, em termos de gestão, desenvolver ações de políticas públicas para o enfrentamento dessas organizações criminosas”, ressaltou Derrite.
Um dos pontos abordados pelo secretário foi a criação do SULMaSSP, grupo que reúne os Estados de São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul. A iniciativa tem como foco realizar operações nas fronteiras e dividir informações para combater o crime organizado. “Demos andamento à iniciativa que faz parte da nossa agenda tática para troca de informações do nosso serviço de inteligência com os Centros Integrados de Comando para coibir o escoamento do mercado ilícito”.
Atualmente, 70% de toda droga que circula pelo país passa pelos Estados do sul e sudeste. As quadrilhas utilizam as rodovias e a infraestrutura aeroportuária a favor da logística criminosa. “Então, nós estamos atacando essa rede logística, por isso, as apreensões de entorpecentes estão batendo recorde a cada mês no Estado de São Paulo”, complementou o secretário. “Não tem outro jeito. Compete a nós quebrar a cadeia logística do crime, asfixiando financeiramente a organização criminosa. Em conjunto, atacar a lavagem de dinheiro”, explicou.
Crimes contra o sistema bancário
O secretário ainda destacou as ações realizadas pelas forças de segurança paulista para desarticular as quadrilhas que atacam e roubam instituições financeiras.
Em 2023, o Estado alcançou o menor número de roubos a banco em 23 anos. Foram seis casos registrados, sendo quatro deles na capital paulista. De janeiro a julho, mais de 6,5 mil armas ilegais foram apreendidas, entre elas, 108 fuzis, em São Paulo.
O delegado do DEIC, Fábio Pinheiro Lopes, destacou a integração entre as forças de segurança no Estado e a iniciativa privada como fundamental para combater as quadrilhas que atuam nesse segmento. “As estratégias adotadas possibilitaram dar uma resposta grande e rápida a esse tipo de crime”, salientou.