Catira, Maracatu, Fandango e mais: Ciclo de Cultura Tradicional celebra as tradições presentes no estado de São Paulo

 

 

Primeiro encontro do Ciclo será no dia 16 de setembro em Barretos (SP)

 

O Ciclo de Cultura Tradicional (CCT), evento itinerante dedicado à valorização e reflexão das tradições caipiras, indígenas, afro-brasileiras, caiçaras e migrantes que resistem no estado paulista, passará por cinco cidades na edição de 2023. O Ciclo inicia por Barretos, em 16/09, com foco na dança Catira, em seguida passa por Tatuí no dia 30/09, quando será voltado ao canto Cururu, em 14/10 na cidade de Itanhaém e concentrado no modo de viver da comunidade caiçara, no dia 11/11 em Cananéia, onde a cultura indigena vai dominar, e no dia 19/11 em Taubaté com a história do Maracatu.

 

O Ciclo de Cultura Tradicional faz parte das Oficinas Culturais – Programa da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo e gerenciado pela Poiesis – e compartilha  convivências entre mestres, pesquisadores, agentes culturais e o público em geral. O objetivo é preservar as tradições populares e mostrar como elas resistem pelas diferentes gerações. O CCT 2023 é correalizado pelas Prefeituras Municipais de Barretos, Tatuí, Itanhaém, Cananéia e Taubaté.

Além das apresentações musicais e de dança, desde 2019, o Ciclo convida produtores audiovisuais que desenvolvem e apresentam documentários de curta-metragem sobre a resistência das tradições culturais do interior e litoral de São Paulo por conexões entre passado, presente e futuro. As sessões contam com bate-papo entre diretores, convidados e público.

 

O público encontrará acessibilidade em Libras em todos os encontros.

 

Catira abre o Ciclo de Cultura Tradicional

 

A abertura do Ciclo de Cultura Tradicional 2023 será em Barretos (SP) no dia 16 de setembro, sábado, às 18h, na Estação Cultural Placidino Alves Gonçalves. Aqui, a programação se volta para a Catira, uma dança brasileira típica com influências indígena, africana e europeia, acompanhada pela viola caipira. Catira Espora de Prata e Catira 25 de agosto, grupos barretenses tradicionais que apresentam esse sapateado entrelaçado às palmas, dão o  ritmo à viola e formam os passos dessa dança.

 

No mesmo dia, o evento exibe o curta-metragem O Som da Tradição, dirigido  por Gui Diniz, proprietário da DG Social Media, a partir das 19h. A obra  conta a história de um dos principais grupos de catira do Brasil, o Catira 25 de Agosto, com  causos e imagens de sua fundação até os dias atuais.  Após a exibição, haverá o bate-papo com o diretor Gui Diniz, Carlos Anésio da Silva, um dos fundadores do Catira 25 de

Agosto; Francisco Santana Junior, fundador do grupo Catira Espora de Prata; e a mediação de Sueli Fernandes, mestre em Análise de Discurso.

 

Às 20h30 terá a apresentação de Ivan Vilela, violonista de dez cordas, no show de viola caipira e composições que fez em vários momentos, com destaque para os premiados álbuns “Paisagens” (1998) e “Dez Cordas” (2007).

 

Tatuí

 

No dia 30 de setembro, sábado, na Praça Manoel Guedes (Praça do Museu), em Tatuí, o  CCT percorre os causos e as serestas, manifestações fortes nessa região. Às 17h30, a apresentação dos Seresteiros com ternura, tradicional grupo tatuiano coordenado por Maria Inês Camargo, explora um repertório composto por samba-canção, samba-choro, boleros, valsas, chorinhos e modinhas.

 

Às 18h30 e 20h30 será a vez da intervenção da  Nossa Trupe Teatral, cia. que narra a simplicidade do cotidiano do interior a partir dos personagens caipiras Dito, benzedeiro da vila, Tonho, dono da venda, e  Zé, violeiro que ficou de aparecer e não chega.

 

A exibição do documentário Raiz e Alma – Um registro da cultura do Cururu em Tatuí, com direção de William Lima, fotógrafo e produtor audiovisual, inicia às 19h. Aqui o foco é uma das mais autênticas

manifestações da cultura caipira do interior paulista, o Cururu, canto de improviso, além de  depoimentos dos membros de cururueiros tatuianos e apoiadores que lutam para manter esta tradição ativa na região. Em seguida, Antonio Filogenio de Paula Junior, diretor de educação e cultura da Casa Batuqueiro, vai mediar o bate-papo com a empreendedora do turismo rural e estudante de serviço social Cleonice de Andrade, o professor e pesquisador Jaime Pinheiro e o jornalista Ivan Camargo.

 

Para finalizar, às 20h40 a apresentação do Encontro de Cururueiros: Buenão, José Pinto & Rubinho Véio traz esses três cantadores de improviso que atravessam gerações e no Ciclo se encontram para um duelo.

 

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Desde a estreia em 2014, o Ciclo de Cultura Tradicional funciona como um  espaço para a preservação e difusão das tradições que permeiam a cultura brasileira

16 e 30 de setembro; 14 de outubro; 11, 19 e 30 de novembro

 

16/09 | Barretos

Estação Cultural Placidino Alves Gonçalves

Praça conselheiro Antônio Prado, 555

 

Apresentações de grupos da região

18h | CATIRA ESPORA DE PRATA

 

18h30 | CATIRA 25 DE AGOSTO

 

19h | Filme e bate-papo

O SOM DA TRADIÇÃO

Direção: Gui Diniz | BRA | 2023 | Doc | 15 min

 

20h30 | Apresentação de viola

IVAN VILELA

 

30/09 | Tatuí

Praça Manoel Guedes (Praça do Museu)

Centro

 

17h30 | Apresentação

SERESTEIROS COM TERNURA

 

18h30 | INTERVENÇÃO

Nossa Trupe Teatral

 

19h | Filme e bate-papo

RAIZ E ALMA – UM REGISTRO DA CULTURA DO CURURU EM TATUÍ

Direção: William Lima | BRA | 2023 | Doc | 20 min

 

20h30 | INTERVENÇÃO

Nossa Trupe Teatral

 

20h30 | Apresentação

ENCONTRO DE CURURUEIROS: BUENÃO, JOSÉ PINTO & RUBINHO VÉIO

 

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