De acordo com dados do Inca, neoplasia representa 88% dos tumores do Sistema Nervo Central (SNC), que deve afetar cerca de 11 mil brasileiros em cada ano do próximo triênio.

O mês de maio tem como símbolo a cor cinza em atenção à conscientização do câncer no cérebro, que se enquadra entre os tipos de tumores do Sistema Nervoso Central (SNC) – formado por cérebro e medula espinhal – e, representa 88% dos casos registrados nessa região.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), são esperados mais de 11 mil casos de câncer do SNC para o Brasil a cada ano do triênio de 2023-2025. Ainda segundo o instituto, sem considerar os tumores de pele não melanoma, a neoplasia ocupa a 11ª posição entre os tipos de câncer mais frequentes no país e a 10ª na Região Sudeste.

O oncologista Carlos Fruet, da Oncoclínicas Ribeirão Preto explica que a doença pode ser primária – quando originada das células do cérebro – ou secundária – quando surge a partir de células tumorais de outro órgão, como por exemplo mama, pulmões, rim e etc – chamadas de metástases cerebrais. Já sobre as causas, o médico afirma que ainda são motivos de estudos. “Entende-se que a doença é causada pela somatória de diversas alterações genéticas, algumas dessas adquiridas durante a vida, por predisposição ou exposição e outras são hereditárias. Até o momento, não existem medidas definidas para a prevenção dos tumores primários do SNC”, completa.

Fruet destaca alguns sintomas comuns da doença e frisa que eles podem variar dependendo da localização em que o tumor se encontra. “O câncer no cérebro pode apresentar sinais como dores fortes de cabeça, náuseas, vômito, sonolência, alterações na fala, mudanças de comportamento e personalidade e, até mesmo, convulsões. Mas, vale ressaltar que os sintomas podem variar bastante, visto que, o tumor pode estar localizado em regiões do cérebro que afetam especificamente alguma função do corpo”, completa o oncologista.

Assim como nos demais tipos de câncer, é importante que a neoplasia seja detectada em fase inicial para um melhor tratamento. “A detecção do câncer do SNC geralmente é feita através de algum exame de imagem (Tomografia ou Ressonância do Encéfalo) após o paciente ter algum sintoma, como os descritos acima”, explica.

Tratamento

O tratamento da doença não é simples e pode envolver profissionais de diversas áreas da saúde. No caso dos tumores primários, geralmente é feita a remoção do tumor ou de fragmento de tecido para biópsia e o material é avaliado pelo médico patologista para a definição do diagnóstico. Os próximos passos vão depender do tipo específico do tumor. Os principais tipos de tratamento são a cirurgia, radioterapia, quimioterapia, terapia alvo e terapia alternativa com campo elétrico. Todo o acompanhamento é feito em conjunto pelo neurocirurgião, pelo oncologista clínico e pelo radioterapeuta”, finaliza Fruet.

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