Aluna de Colômbia-SP é finalista no concurso EPTV NA ESCOLA 2021

A aluna Anna Lívia Izidoro Ferreira do 9º ano A, da Emef. Santa do Prado Maximiano,  ficou entre os dez finalistas do Concurso EPTV na escola – região de Ribeirão Preto. O resultado foi divulgado nos telejornais da EPTV e no site. Anna Lívia conquistou o 3º lugar de 10 finalistas com a redação que teve como título  “Preso às correntes”, tendo como orientadora, a professora Regiane Araújo Saguma.

O EPTV na Escola é um concurso de redação que envolve os estudantes do último ano do ensino fundamental das cidades de cobertura geográfica da EPTV Campinas, Ribeirão, Central (São Carlos) e Sul de Minas (Varginha). A cada ano, um tema diferente é escolhido.

Na região de Ribeirão Preto, o concurso teve a participação de 285 escolas, das quais 87 municipais, 107 estaduais, 79 particulares e 12 do Sistema Sesi.
13.075 alunos fizeram a redação.
Foram 323 redações semifinalistas que passaram pela leitura e avaliação dos jurados. Foram textos bem elaborados que vieram de 53 cidades da região.

Em 2021, o  projeto EPTV na Escola chega a sua 22ª edição . Há 11 anos, o município de Colômbia participa do Concurso, e assim como em outras edições, conquistou mais uma vez a final, ressaltando a qualidade da educação municipal.

“Este é um grande sinal de resultado do empenho e investimento que a Prefeitura vem fazendo desde o inicio do ano em relação a educação de Colômbia, assim como a Anna Lívia, temos diversos alunos com potenciais a serem explorados e a Prefeitura faz a parte dela lapidando, dando a oportunidade de um aprendizado com qualidade e na capacitação dos professores e colaboradores. Parabéns Anna Lívia, levando o nome do nosso município para todo o estado de São Paulo.” Completou o Prefeito Tuta.

A Redação:

Presos às correntes!

Bianca, jovem, branca, veste sua saia longa rosa e sai de casa animada a caminho da igreja,  que é domingo e ela é muito religiosa. Está usando a sua máscara, embora esteja sempre a repetir que é só uma gripezinha. Vira a esquina e tem uma visão que julga horrenda: dois homens se beijando. Não é que ela seja homofóbica, sempre faz questão de frisar, tem até amigos que são homossexuais, mas aquela cena não poderia ocorrer, porque poderá influenciar as crianças a serem assim. Revira os olhos com cara de nojo continua andando.

A frente encontra uma travesti. Sussurra baixinho que o mundo está perdido, homem querendo virar mulher, onde já se viu? Pensa… vai até a pessoa e a convida a ir a sua igreja para segurar .A desconhecida a olha com os olhos cheios de ágrimas,sai chorando.delonge,anda ouve Bianca gritar “Quanto drama !”

A jovem segue seu caminho, calmamente e só aperta o passo quando um preto passa ao seu lado. Não é que ela seja preconceituosa, mas esse bairro não é para ele. “Esse distrito é para pessoas… Diferentes dele, com certeza veio roubar alguma coisa”, vê o entrar em uma pequena igreja, uma religião diferente da sua crença, logo avalia que ali todos vão queimar no inferno.

Na manhã seguinte, folheia o jornal. Surpreende-se ao ler que uma pequena igreja fora incendiada e que deixaram feridos. Outra manchete: “transexual comete suicídio”. Pasma se ao ler que um casal homossexual fora agredido e um negro fora preso injustamente. Sente- se, ainda, no direito de se indignar diante da maldade e intolerância presentes na sociedade!

Platão em “Alegoria do mito da caverna” descreve a importância do senso crítico para que o povo possa se “libertar das correntes” e buscar o conhecimento verdadeiro, representado pelo mundo exterior à caverna. As pessoas precisam sair de suas “cavernas” e notar que o preconceito mata. Não é “só uma opinião”. Ela mata e fere diariamente. Vivemos, no século XXI, uma pandemia de intolerâncias e hipocrisias e ainda encontramos dificuldades em romper as correntes que nos prendem a elas. Talvez, reconhecer isso seja o mais difícil!

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