SP ganhou nove Baeps nos últimos dois anos para enfrentar quadrilha de bancos

Empenho dessas equipes permitiu a redução de roubos a banco e de explosões de caixas eletrônicos

O Governo de São Paulo inaugurou nove Batalhões de Ações Especiais de Polícia (Baeps) desde o início de 2019, que foram essenciais para reduzir os roubos a banco e os ataques a caixas eletrônicos no estado. Neste ano, os casos de roubo a banco chegaram ao menor patamar da série histórica da Secretaria da Segurança Pública, iniciada em 2001, com dez casos de janeiro a julho, ante 15 casos no mesmo período do ano passado.

No mesmo período, as explosões de caixas eletrônicos no estado – consumadas e tentativas – caíram de 16 ocorrências, entre janeiro e julho de 2020, para nove, nos sete primeiros meses de 2021. Essa é a menor marca dos últimos dez anos e é a primeira vez que o indicador fica abaixo de dez registros no período.

Os números demonstram a efetividade das ações deflagradas pelos Baeps que, além de combaterem quadrilhas de banco, também foram responsáveis pela detenção de mais 3,2 mil pessoas, recuperação de 274 veículos roubados e/ou furtados e apreensão de 466 armas e de mais de 6,2 toneladas de drogas.

Os Baeps foram criados para combater o crime de maneira mais ostensiva em todo território paulista, já que os militares atuam de forma semelhante aos padrões do policiamento de Choque.

Com treinamento especializado, as equipes ficam aptas para o gerenciamento de crises e negociações com reféns; controle de multidões e policiamento em eventos e praças desportivas, busca e localização de artefato explosivos; conduta de patrulha em locais de risco e patrulhamento tático. Assim, o efetivo é capaz de atuar em ocorrências como a de Araçatuba, na madrugada desta segunda-feira (30).

Baeps no Estado

A partir da criação dos últimos nove Baeps, o Estado passou a contar com 14 unidades especializadas em funcionamento: Campinas, Santos, São José dos Campos, São Bernardo do Campo, Presidente Prudente, São José do Rio Preto, Barueri e zonas leste e central da Capital, Piracicaba, Ribeirão Preto, Araçatuba, Bauru e Sorocaba.

Investigação

Além da criação das novas unidades responsáveis pelo patrulhamento ostensivo e preventivo, a atual gestão também vem investindo constantemente nas unidades de polícia judiciária, que são responsáveis pela investigação de crimes. Por isso, desde 2019, foram criadas 12 Deics, que reúnem todas as atividades de polícia especializada, trazendo mais organização e eficiência.

Até então, a Polícia Civil contava com 5ª Delegacia de Polícia de Investigações sobre Furtos e Roubos a Bancos, sediada na Capital, para cuidar desse tipo de ocorrência em todo o Estado. Agora, as cidades de Taubaté e São Bernardo do Campo contam com a Delegacias Especializadas de Investigações Criminais e as todas as regiões do Interior, com as Divisões Especializadas de Investigações Criminais (Deic), instaladas nas cidades sedes.

No Interior, as Deics são subordinadas ao Departamento de Polícia Judiciária do Interior, responsável pela respectiva região e, geralmente, é composta pela junção das delegacias de investigações Gerais (DIG), Sobre Entorpecentes (Dise) e sobre Homicídios, além do Grupo de Operações Especiais (GOE).

As unidades atuam no combate aos crimes de maior relevância: crime organizado, lavagem de dinheiro, homicídio e latrocínio, crimes contra o patrimônio (roubo a banco e roubos de maior repercussão), tráfico de drogas, além de realizar ações preventivas com o GOE.

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