‘Dia D’ de vacinação contra Covid registra baixa procura

Das 119.450 pessoas que receberam imunização neste sábado, apenas 26.881 tomaram a segunda dose até as 18h; as demais 92.569 são pessoas dos grupos prioritários que aproveitaram a abertura dos postos de saúde para receber a primeira dose.

A Secretaria Estadual de Saúde afirmou que vacinou 119.450 pessoas contra a Covid até as 18h15 deste sábado (5), “Dia D” da imunização para quem estava com a segunda dose atrasada.

Do total de doses aplicadas, no entanto, 92.569 são de pessoas dos grupos prioritários que aproveitaram a abertura dos postos de saúde para tomar a primeira dose. Os números estão em atualização.

Antes da campanha, a estimativa era de que mais de 400 mil pessoas estavam com a dose de reforço atrasada no estado. Destas, 263.497 precisavam tomar a CoronaVac e 139.826 a AstraZeneca. O balanço até o início da noite aponta que o estado conta agora com 333.990 faltosos da segunda dose.

A Secretaria Municipal de Saúde informou que 33.106 pessoas foram vacinadas em casa neste sábado (5). A busca ativa em domicílio acontece porque muitos são pessoas acamadas ou idosos com dificuldade de locomoção. A vacinação também ocorreu em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da capital.

No Dia D da Vacinação, idoso recebe visita de profissional da saúde da Prefeitura de São Paulo para completar imunização contra a Covid — Foto: Divulgação/Secretaria Municipal de Saúde

A dona Alzira Nunes da Silva, de 91 anos, por exemplo, deveria ter voltado no dia 14 de maio para a segunda aplicação, mas não estava muito bem de saúde.

“Ela estava mal, muitas dores devido ao problema muscular e de coluna. Então ela estava com muita dificuldade de locomoção. Por isso que a gente demorou a trazê-la”, diz a nora Cristiane Guedes Avelar.

Algumas unidades de saúde da capital registraram pouco movimento ao longo do dia.

“Esse pessoal não vai vir vacinar não? Será que eles estão achando que a fila está grande? Avisa pra eles! Pessoal, a fila está pequena”, disse o aposentado Roberto Correia na UBS da Vila Prel, na Zona Sul.

Muitas pessoas também estavam com a vacinação atrasada por conta da falta temporária de doses. No mês passado, pelo menos 75 cidades do estado ficaram sem a CoronaVac para aplicação da segunda dose.

Tatiana Pedroso Silva é recepcionista em um hospital e tomou a primeira dose lá, mas quando foi tomar a segunda, precisou procurar em outro lugar.

“Eu recebi um SMS, para tomar a segunda que já estava na hora. Aí eu fui procurar eles, e disseram que realmente estava na hora, mas que eles tinham feito a solicitação e ia demorar alguns dias para chegar. Aí disseram que se eu quisesse, podia ficar à vontade para procurar uma UBS”, conta.

O infectologista do Instituto Emílio Ribas, Jamal Suleiman, alerta sobre a importância da imunização completa. O hospital, que é referência no tratamento da Covid, já registra aumento na internação de pacientes que só tomaram a primeira dose.

“Proteção máxima adquirida através da vacinação, ela ocorre cerca de 14 dias após a segunda dose. A proteção parcial é importante, mas é fundamental que a gente proteja o indivíduo e a sociedade com a segunda dose”, diz Suleiman.

FONTE : G1

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