Médico do Emílio Ribas alerta para internação de pacientes com Covid que tomaram a 1ª dose da vacina e não voltaram para a 2ª

O Instituto de Infectologia Emílio Ribas, na Zona Oeste de São Paulo, tem observado um aumento no número de internações de pacientes com Covid-19 que já tomaram a primeira dose da vacina contra a doença, mas não retornaram para o reforço com a segunda dose.

De acordo com o médico infectologista Jamal Suleiman, os dados completos ainda estão sendo compilados pelo hospital – que é referência no tratamento contra a Covid -, mas já é possível observar que as pessoas estão relaxando nas medidas de proteção após tomarem a primeira dose.

“O que tem acontecido é que as pessoas começaram a se sentir seguras tomando uma dose só. E acabam se expondo. E isso, independente da vacina que tomaram. O indivíduo toma a vacina e baixa a guarda”, afirmou Suleiman .

Cinturão de proteção

Suleiman também citou o estudo clínico realizado pelo Instituto Butantan na cidade de Serrana, no interior de São Paulo, onde toda a população adulta apta para receber a vacina foi imunizada com a Coronavac.

O resultado apontou uma redução de 95% das mortes por Covid na cidade após o fim da vacinação. Para os cientistas, o controle da epidemia se deu na cidade depois que 75% da população adulta foi vacinada.

Mais de 500 mil não voltaram para a segunda dose

Segundo balanço da Secretaria Estadual de Saúde divulgado na última quinta-feira (27), mais de 500 mil pessoas não voltaram para tomar a segunda dose das vacinas contra a Covid no estado de São Paulo.

O total inclui 212.403 pessoas que não tomaram a vacina da Fiocruz/AstraZeneca e outros 289.290 referentes à vacina do Butantan (CoronaVac).

 

Todas as vacinas disponíveis no Plano Nacional de Imunização (PNI) possuem esquema vacinal em duas doses. Cientistas estimam que a proteção é mais eficiente duas semanas após a segunda aplicação.

Mas, mesmo após isso, a orientação é que as pessoas mantenham medidas como uso de máscaras, higiene das mãos e distanciamento social. Nenhuma vacina é capaz de proteger totalmente contra a doença, e a proteção coletiva só é alcançada depois que uma certa porcentagem de toda a população tenha recebido as duas doses.

O número é alarmante e representa aumento de 49% no comparativo com o que havia sido informado pela gestão estadual na segunda-feira (25).

Mais da metade das pessoas que se enquadram nestes públicos reside na Grande São Paulo, que registra 262.286 faltosos.

Para incentivar o reforço da vacina nessas pessoas que estão com a segunda dose atrasada, o governo decidiu criar o “Dia D” de vacinação neste sábado (5).

Cerca de 5 mil pontos de vacinação estarão abertos das 7h às 18h em todo o estado. O horário de funcionamento pode variar de acordo com o município.

Na cidade de São Paulo, a vacinação será realizada em todas as 468 Unidades Básicas de Saúde (UBS) e AMA/UBS Integradas.

fonte : G1

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