Ele estava licenciado há duas semanas do cargo pelo agravamento do quadro clínico, mas, segundo auxiliares na administração municipal, acompanhava do hospital o cotidiano da cidade e recebia algumas visitas, como as mais recentes, do presidente da Câmara, Milton Leite, e do vice-governador do Estado, Rodrigo Garcia.
Filiado ao PSDB, partido que o seu avô Mário Covas ajudou a criar e foi o primeiro presidente da legenda, em 1988, Bruno era formado em Direito pela Universidade de São Paulo (USP) e em Economia pela Pontifícia Universidade de São Paulo (PUC). Foi deputado estadual e federal.
O vice-prefeito, Ricardo Nunes, do MDB, será o seu sucessor no comando de São Paulo.
Ainda não há informações oficiais sobre o velório.
Câncer
Covas estava internado desde 2 de maio no Hospital Sírio Libanês, na capital paulista, quando se licenciou do cargo. Desde 2019, tratava um câncer na cárdia (região entre o estômago e o esôfago), que atingiu partes do sistema digestivo e também os ossos. O quadro se agravou ainda mais com sangramentos recentes.
O último boletim, divulgado na noite de sexta-feira, 14, informava: “o prefeito Bruno Covas segue internado no Hospital Sírio-Libanês recebendo medicamentos analgésicos e sedativos. O quadro clínico é considerado irreversível pela equipe médica. Neste momento, encontra-se no quarto acompanhado de seus familiares”.
Ao longo dos últimos meses, o político passou por diversas sessões de quimioterapia e imunoterapia para a regressão da doença. Entretanto, acabou não resistindo.
Covas deixa o filho, Tomás Covas Lopes, de 15 anos, que ele se orgulhava em dizer nas redes sociais que permaneceu firme ao seu lado mesmo nos dias mais difíceis do tratamento.