Taxa de ocupação de leitos de UTI é de 85,4% no estado de SP; capital tem 7 hospitais municipais sem vagas

Governo do estado inaugurou nesta terça-feira (13) novo hospital de campanha no bairro Santa Cecília com duas semanas de atraso e apenas sessenta leitos – um terço do prometido.

O Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) ampliou sua capacidade de atendimento para pacientes de coronavírus que precisam de terapia intensiva. A instituição passou a contar com 99 leitos em um novo Centro de Terapia Intensiva (CTI). Até março, a unidade contava com 53 leitos.

A taxa de ocupação de Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) voltou a cair no estado de São Paulo e chegou a 85,4% nesta terça-feira (13). Mas a queda ainda está longe de garantir tranquilidade, já que, segundo especialistas, acima de 80% já significa colapso do sistema de saúde.

Em algumas unidades de saúde a situação é bem mais crítica. Na capital paulista, sete hospitais municipais não têm nenhuma vaga. No Hospital da Bela Vista, na região central, a taxa de ocupação dos leitos de terapia intensiva passou dos 90% nesta terça-feira (13).

Nesta terça-feira (13), o governo do estado inaugurou um novo hospital de campanha localizado no bairro Santa Cecília, no centro da capital. A unidade começa a funcionar duas semanas depois do previsto e com apenas sessenta leitos – um terço do prometido.

Além do Hospital Estadual Metropolitano, como foi batizado, o governo falou em ativar outras 11 unidades do tipo no estado em março, mas apenas oito estão funcionando. A unidade de Campinas já parou de receber pacientes por falta do chamado “Kit intubação”.

O problema se repete em 300 hospitais filantrópicos de São Paulo, segundo a Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes (Fehosp) do estado. Um levantamento aponta que o estoque do kit intubação pode acabar em três dias nesses hospitais. São sedativos e neurobloqueadores que relaxam a musculatura do paciente que precisa da ventilação mecânica.

O desabafo do médico Norberto Pompermayer, presidente do Comitê do Coronavírus de Lençóis Paulista, na região de Bauru, onde morreram dois pacientes por falta dos medicamentos, resume a situação.

“As pessoas estão morrendo no respirador e as que tem que intubar nós não vamos intubar. Então acabou, acabou! (…) Estou decepcionado, estou me sentindo angustiado, estou sentindo…Que eu falhei! Arrasado. Pessoas morrendo…Sinto muito! Sinto muito!”

fonte : G1

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