Superintendência da Polícia Técnico-Científica completa 23 anos em contínuo processo de evolução

Instituição paulista está entre as maiores polícias técnicas do mundo

 

 

A Superintendência da Polícia Técnico-Científica (SPTC) completa hoje, 9 de fevereiro, 23 anos de existência com extensa lista de serviços prestados à população paulista e brasileira. Pouco mais de duas décadas após a publicação do decreto que oficializou sua criação, a SPTC já se transformou em uma das maiores polícias técnicas do mundo colocando em prática um projeto baseado na qualificação dos seus profissionais e na aquisição de modernos equipamentos capazes de atender a demanda de um Estado com a grandeza e a complexidade de São Paulo.

A importância da SPTC para a estrutura de segurança pública paulista se revela nos números. Anualmente, a instituição produz quase um milhão e meio de laudos por meio do Instituto de Criminalística (IC) e do Instituto Médico Legal (IML) e examina mais de três milhões de provas periciais relacionadas a alguma ação delituosa. Todo o material produzido é utilizado em investigações e procedimentos de responsabilidade da Justiça. Por meio dos seus Institutos, a SPTC presta atendimento em todos os 645 municípios do Estado de São Paulo e chega a qualquer lugar onde ocorrer um crime.

Para dar conta do trabalho, a SPTC possui núcleos e laboratórios específicos, equipados com o que existe de mais moderno no setor e com profissionais especializados em diferentes áreas da ciência. “Todo trabalho científico, para ser bem executado, exige estrutura de ponta e capital humano qualificado. São Paulo está bem contemplado nessas duas áreas, por isso temos apresentado resultados tão positivos. O apoio do governador e do secretário de Segurança Pública têm sido essenciais”, avalia o superintende da SPTC, Maurício Rodrigues Costa.

 

 

Estrutura técnica

Cada departamento analítico da SPTC possui atribuições específicas, de acordo com sua área de estudos e de atuação. No Laboratório de Balística, por exemplo, são feitos exames comparativos de projéteis encontrados em cenas de crimes; o Laboratório de Documentoscopia examina diversos tipos de documentos e cédulas de dinheiro; o Laboratório de Física investiga influência humana em equipamentos mecânicos; no Laboratório de Química são verificadas possíveis adulterações em combustíveis e bebidas; no Laboratório de Toxicologia é possível comprovar se uma pessoa está ou esteve sob efeito de álcool ou drogas; o Núcleo de Entorpecentes verifica se determinado material é droga; o Núcleo de Biologia e Bioquímica faz identificações de DNA, entre vários outros tipos de exames; e o Núcleo de Crimes Contra a Pessoa é responsável por cuidar de locais de crimes e produzir reconstituições.

Os recentes investimentos em tecnologia também colocaram a SPTC-SP em outro patamar no que se refere à ciência forense. Somente nos dois últimos anos, a instituição recebeu dois Microscópios Eletrônicos de Varredura (MEV), que analisam vestígios em nível molecular, e modernos cromatógrafos utilizados na análise de drogas. Cada equipamento custa cerca de um milhão de dólares.

O Núcleo de Biologia de Bioquímica da SPTC recebeu sequenciadores de DNA de última geração para alimentar o Banco de Dados de Perfis Genéticos de São Paulo e, consequentemente, o Banco Nacional.

No mesmo período ainda forma adquiridos mais de 1.500 diferentes de itens para incrementar o trabalho de campo dos peritos. E uma portaria da SPTC autorizou a implantação de mais um método científico e a aquisição do FTR, equipamento R$ 300 mil, que permite análise criteriosa de drogas sintéticas, inclusive com capacidade para detectar novas substâncias ilícitas oferecidas pelos traficantes.

 

 

Inovação

A STPC também investe em projetos inovadores de seu próprio corpo profissional, como o Sistema Gestor de Laudos (GDL), criado e desenvolvido pelos peritos paulistas e em operação desde 2018. O sistema disponibiliza os laudos produzidos pelos peritos e médicos legistas, em tempo real, às autoridades solicitantes. São mais de três milhões de peças de locais de crime examinadas por ano e mais de um milhão de laudos periciais emitidos e disponibilizados. Mais de uma dúzia de Estados brasileiros já receberam suporte e apoio tecnológico para implantar seus sistemas com base no Sistema GDL da Polícia Científica Paulista.

Além disso, São Paulo é o único local no mundo a aplicar tecnologia de Scanner 3D no registro de locais de crime com o objetivo de perpetuar as provas colhidas.

“A história da SPTC é e sempre será marcada pela inovação. Essa é a essência da instituição e os resultados obtidos para a sociedade são inegáveis. Parabéns a todos que fizeram e fazem parte dela”, finaliza o superintendente.

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