Dia Internacional da Fraternidade Humana é comemorado hoje

Nesta quinta-feira, dia 4 de fevereiro, o Santo Padre o Papa Francisco adotou para a Igreja a comemoração do Dia Internacional da Fraternidade Humana, declarada assim pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em dezembro passado.

 

Precisamente, há dois anos, no dia 4 de fevereiro de 2019, durante a Viagem Apostólica do Santo Padre aos Emirados Árabes, o Papa Francisco e o Grão-Imã de Al-Azhar (Cairo), Ahmad Al-Tayyeb (Egito, 1946) assinaram o Documento sobre a Fraternidade Humana em prol da Paz Mundial e da Convivência Comum.

 

Em 3 de outubro de 2020, o Papa Francisco assinou em Assis a Carta Encíclica “Fratelli Tutti” sobre a Fraternidade e a Amizade social. Como o Papa afirma: “este documento reúne e desenvolve grandes temas expostos naquele documento [sobre a Fraternidade Humana] que assinamos juntos” (FT, n.5).

 

Na manhã de hoje, na Audiência Geral do Papa, no Vaticano, Francisco referindo-se à comemoração deste dia assim se expressou: “Muito me alegra ver as nações do mundo inteiro unidas nesta celebração, que visa promover o diálogo inter-religiosos e intercultural […] A referida resolução das Nações Unidas reconhece a “contribuição que o diálogo entre todos os grupos religiosos pode prestar para melhorar a consciência e a compreensão dos valores comuns partilhados por toda a humanidade”. Seja esta hoje a nossa oração e o nosso compromisso de todos os dias do ano”.

 

Na sua Encíclica Fratelli tutti, o Papa Francisco insiste para que a Fraternidade não se limite a uma afirmação abstrata, mas se torne realidade visível e concreta, obrigando-nos a rever nossas atitudes e deixar o campo das ideias e partirmos para gestos concretos, que se tornem visíveis pela nossa prática (FT 128).

 

O pressuposto fundamental para tornar a fraternidade uma postura e ao mesmo tempo uma ação real é o fato de que todo ser humano tem o direito de viver com dignidade e desenvolver-se integralmente. Se não se respeita esse princípio fundamental, não há futuro para a fraternidade nem para a sobrevivência da humanidade (FT 107).

 

Como também, o reconhecimento do direito humano fundamental que não deve ser esquecido no caminho da fraternidade e da paz: a liberdade religiosa para os crentes de todas as religiões.

 

Tal iniciativa vem nos estimular a crescer não só numa espiritualidade de fraternidade, mas também e ao mesmo tempo, uma organização mundial mais eficiente para ajudar a resolver os problemas prementes dos abandonados que sofrem e morrem nos países pobres.

Que celebrando o Dia Internacional da Fraternidade Humana possamos estreitar os laços de respeito e amizade entre todos nós, conscientes de que somos membros de uma mesma família, onde todos somos irmãos.

 

Dom Milton Kenan Júnior

Bispo de Barretos

 

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