Final da Libertadores não é jogo de vida ou morte, diz Abel Ferreira
Ricardo Moraes/Pool via REUTERS

Diante do avanço da pandemia do novo coronavírus (covid-19) no Brasil e no mundo, o técnico do Palmeiras, o português Abel Ferreira, rejeitou nesta sexta-feira (29) a ideia de que a final da Copa Libertadores amanhã (30) contra o Santos seja um jogo de vida ou morte, embora sua equipe esteja focada em conquistar o bicampeonato continental para o Palmeiras e lhe dar seu primeiro título como treinador.

Para o português, a verdadeira pressão num momento de pandemia que já matou mais de 220 mil pessoas só no Brasil está sobre médicos, enfermeiros e profissionais de saúde na linha de frente do combate à covid-19.

“Quando falamos em pressão de fato tem um enfermeiro, um médico que está na frente lidando com algo que pode tirar a vida. Isso que é de fato pressão”, disse o treinador na véspera da decisão que será disputada no Maracanã. “A pressão que vivemos é diferente. Pressão é de vida ou morte. Nós queremos ganhar, competir, e aconteça o que acontecer vamos seguir em frente. As pessoas que estão na luta para nos livrar da maldita pandemia é que são verdadeiros heróis e que mereciam protagonismo”, acrescentou.

O lusitano, de 42 anos, levou o Palmeiras a uma campanha invejável nesta edição da competição e amargou apenas um tropeço, a dramática derrota para o River Plate em São Paulo, por 2 a 0, após uma vitória histórica por 3 a 0 em Buenos Aires (Argentina).

O jogo contra o River ainda está vivo na memória do treinador e no dia-a-dia do Verdão.

“É através desses jogos que nós preparamos para final”, afirmou Abel ao garantir que seu time não mudará a identidade nem a forma de jogar contra o Santos.

Ele ainda busca o primeiro título na carreira e disputará neste sábado (30) sua primeira partida no emblemático estádio do Maracanã.

“Sempre ouvi falar do Maracanã como templo do futebol e tenho oportunidade única, desafio, emoção, honra e prazer de disputar um título aqui”, disse.

Do outro lado, o técnico do Santos, Cuca, conhece o estádio como a palma da mão. Já viveu momentos históricos à frente de Flamengo, Botafogo e Fluminense, equipes que frequentam constantemente o Maracanã.

“Tenho grandes lembranças e memórias desse estádio, principalmente o antigo”, afirmou Cuca ao se referir ao estádio antes das reformas para a Copa das Confederações em 2013 e para a Copa do Mundo de 2014.

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