Inovando por meio do “ensino a distância”, Polícia Militar forma 42 oficiais em curso de doutorado
Com a formatura, profissionais estão aptos a exercer funções estratégicas e de planejamento no alto escalão da Instituição
A Polícia Militar realizou, na manhã desta quinta-feira (3), a formatura de 42 oficiais no Curso Superior de Polícia (CSP), que pela primeira vez foi realizado na modalidade “ensino a distância”. A solenidade aconteceu no Clube da Associação dos Oficiais da PMESP, no bairro do Tremembé, na zona norte de São Paulo. O secretário da Segurança Pública, general João Camilo Pires de Campos, prestigiou a cerimônia e foi escolhido como paraninfo da turma.
“Meus agradecimento por ser escolhido como paraninfo. O padrinho é aquele que apresenta à sociedade, com orgulho, seus afilhados. A turma de 2020 engrandece esse soldado velho, velho soldado”, disse o secretário. “Os senhores passaram por um dos grandes divisores de águas da profissão policial militar. Agora, nós esperamos dos senhores a conjunção de toda a bagagem intelectual e profissional para pensarem na polícia que queremos e sonhamos, transformando ideias em projetos e projetos em programas”, completou.
Do total de formandos, 37 policiais (oito tenentes-coronéis e 29 majores) são do Estado de São Paulo. Além destes, concluíram o curso dois tenentes-coronéis da PM do Maranhão e três majores da PM de Piauí.
Durante a solenidade, os três primeiros colocados no curso receberam seus diplomas das mãos de autoridades presentes, sendo que o primeiro também foi agraciado com a medalha “Pedro Dias de Campos”.
“Os senhores são profissionais do mais alto gabarito e auxiliarão na missão de comandar. Estão aptos para liderar nossas tropas ditando o futuro e rumos da nossa Instituição”, destacou o comandante geral da PM, coronel Fernando Alencar Medeiros, em seu discurso.
O sentimento da turma de formandos pela conquista foi expressa por seu orador, o tenente-coronel da PMMA Rômulo Henrique Araújo Costa. O oficial elencou os desafios que o ano trouxe para a execução do curso e enalteceu a qualidade do ensino mesmo diante das adversidades do “novo normal”. “Aos companheiros de curso, fica o agradecimento pela convivência, mesmo sendo em um ambiente virtual. Somos uma só força, com um só missão. Somos atores na construção da segurança pública”, finalizou.
Sobre o CSP
O CSP é reconhecido como doutorado em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública, sendo requisito para que majores e tenentes-coronéis subam de patente, podendo chegar ao mais alto grau – o de coronel.
Este ano foi a primeira vez que o CSP foi realizado na modalidade “Ensino à Distância”. Para isso, as aulas foram transmitidas ao vivo do Centro de Altos Estudos de Segurança (Caes) e os oficiais acompanharam em suas unidades policiais.
Grade curricular
Ao longo do curso, que neste caso teve início em março deste ano, os oficiais passam por mais de 700 horas/aula, percorrendo três etapas.
O primeiro módulo, de especialização, contempla aulas de metodologia, direito constitucional, penal e processual, além da disciplina de Direitos Humanos. O segundo, de gestão institucional, abrange conhecimentos de organização orçamentária e estratégica, recursos humanos e materiais.
Como complemento, o curso conta com palestras e trabalhos extraclasse e, ao final, todos os discentes têm que elaborar uma tese de conclusão de curso sobre tema previamente aprovado, com as defesa oral e escrita da pesquisa científica.
Patrono da turma
A turma que se formou escolheu como patrono o coronel Carlos Alberto da Costa, que faleceu neste ano vítima da Covid-19. O oficial homenageado ingressou na PM como aluno-oficial na Academia de Polícia Militar do Barro Branco (APMBB) em 1965 e foi declarado aspirante a oficial em 1969.
Entre as unidades por qual passou, Costa atuou no policiamento de Trânsito de Choque, na APMBB e no Caes, bem como no Comando do Policiamento de Área Metropolitano 7 (CPA/M-7), ocupando a função de subcomandante da PM na década de 90.
