Presidente do Rappi aponta a diversificação e autonomia como os pontos chaves para a inovação

O presidente do Rappi no Brasil, Sérgio Saraiva, considera que a estratégia de diversificar os serviços oferecidos e aumentar a autonomia é o caminho para criar um diferencial competitivo e manter os aspectos de inovação nos processos de gestão e de uso das tecnologias. As considerações foram apontadas durante o debate online com o tema “Qual o futuro dos aplicativos de delivery e panorama do setor”, realizado na quinta-feira (17/09), durante o LIDE LIVE Ribeirão Preto, que foi transmitido pela plataforma digital.

A empresa Rappi nasceu como uma startup na Colômbia há cinco anos e, atualmente, está presente em nove países da América Latina, sendo que o Brasil e o México disputam o segundo lugar em volume de negócios. O modelo de negócio, que é baseado na experiência de um super aplicativo chinês, oferece desde a entrega de alimentos, compras em supermercados e farmácias, contratação de serviços de viagens, entretenimento, entre outros.

O presidente da Rappi revela que para manter e buscar o crescimento na participação do mercado, a empresa toma como referência a experiência e as necessidades dos clientes, que orientam as ações de gestão e busca de parceiros.

“Criamos um ecossistema, que começa pelo usuário, identificando direta e indiretamente a necessidade do cliente, se conecta com um parceiro e garante que o cliente pagará o mesmo preço praticado se ele fosse direto na loja. Temos uma escuta ativa, que retroalimenta o negócio buscando oferecer tudo que atenda às necessidades do cliente. Além de ser dividida em diversas verticais para agilizar e fazer uma gestão adequada ao perfil de cada área como restaurantes, supermercados, viagens, entre outros”, comenta Saraiva.

O executivo ressaltou ainda que a inovação também deve considerar a experiência do cliente para desenvolver novos segmentos e propostas de serviços para ampliar a sua participação e ganhar relevância junto aos clientes.

“No aplicativo temos uma função chamada ‘Qualquer Coisa’, que presta diversos serviços como coleta de assinatura, reconhecer firma, ficar na fila, levar roupas para fazer ajustes, entre outros. Temos uma área de segmentos com entretenimento e interação com alguns artistas. Em algumas cidades nosso sistema de entrega é de 30 minutos a 1 hora. No México, já atuamos com o atendimento de serviço financeiro, que pode ser adotado em outros países. A nossa proposta é proporcionar autonomia na ponta como estratégia de diferencial para o nosso negócio”, afirma Saraiva.

Drones

Sobre o uso de drones para entrega, havia uma previsão que os testes tivessem início em abril no Brasil. No entanto, com a pandemia e o crescimento do desemprego, a empresa optou por manter a entrega tradicional. “É uma questão moral”, disse ele citando que enquanto o país tiver tantos milhões de desempregados, os entregadores não serão substituídos por robôs.

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