Com apoio da Rota, Gaeco deflagra operação “Sharks” contra lideranças de organização criminosa
A Polícia Militar, por meio do 1º Batalhão de Polícia Militar de Choque (Rota), apoiou o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo, durante a operação “Sharks”, deflagrada nesta segunda-feira (14). A ação, que visou o cumprimento de ordens judiciais contra lideranças de uma organização criminosa, resultou em quatro prisões em flagrante e na apreensão de alta quantia em dinheiro, carros de luxo, armas, explosivos e drogas.
Participaram da operação promotores de justiça, agentes do MPSP e mais de 250 policiais militares, utilizando 65 viaturas, para o cumprimento de 12 mandados de prisão e 40 de busca e apreensão na Capital e Grande São Paulo, Baixada Santista e interior.
Como resultado, quatro pessoas foram presas em flagrante por tráfico de drogas. Um investigado morreu após confronto com a PM e o caso será apurado por meio de IPM (Inquérito Policial Militar). Além disto, foram apreendidos valores em espécie que ultrapassam R$ 100 mil, diversos veículos de luxo, porções de drogas, uma pistola 9 milímetros, munição e oito cartuchos de emulsão explosiva (TNT), levando à atuação do Grupo de Ações Táticas Especia – Gate para recolha e destruição destes últimos.
“Quero ressaltar a importência desse trabalho cojunto, da PM, como órgao de Estado, estar junto com o Ministério Público buscando minimizar os riscos, aplicando golpe na parte financeira [da facção] e conseguindo melhorar a vida da população com o aumento da segurança”, destacou o coronel Rogério Silva Pedro, que está à frente do Comando de Polcimento de Choque (CPChq).
As atividades deflagradas hoje são resultado de uma investigação iniciada no primeiro semestre de 2019 que revelou que as lideranças de uma organização criminosa, com atuação dentro e fora dos presídios, movimentam mais de R$ 100 milhões anualmente por meio do tráfico de drogas e da arrecadação de valores de seus integrantes, ocultado por meio da compra de veículos e imóveis com fundos falsos.
Com as apurações, também foi possível identificar a cadeia logística do tráfico praticado pela facção, bem como como a sucessão entre suas principais lideranças, verificando a participação de 21 criminosos, alguns já presos durante as investigações.
Os detidos ao longos dos trabalhos serão ouvidos e os materiais apreendidos analisados. Os valores em dinheiro serão depositados judicialmente e poderão ser revertidos para utilização no combate ao tráfico e às organizações criminosas. As drogas apreendidas deverão ser destruídas.
Os investigados podem responder por crimes de organização criminosa armada (até 12 anos de pena), tráfico de drogas (até 15 anos), associação ao tráfico (até 10 anos) e lavagem de dinheiro (até 10 anos).