Números da Covid-19 em Barretos traçam perfil da doença
Um levantamento realizado pela Prefeitura de Barretos, com números analisados por técnicos da Secretaria Municipal de Saúde, fornece algumas informações importantes sobre a Covid 19 na cidade. Uma das conclusões é de que a maioria dos pacientes de Barretos e região que foram internados no Municípi com sintomas da doença, 75% tinham como comorbidade anterior a Hipertensão e outras cardiopatias.
O levantamento dos casos por região da Cidade apontou que o Centro é o local em que houve mais incidência de casos. Entre os 108 registros confirmados da Covid-19 até o dia 7 de maio/2020, 13 eram em moradores do Centro da cidade, oito do Bairro América, cinco do City Barretos e cinco do Ibirapuera. Outros 15 bairros apresentam, pelo menos, dois casos confirmados da pandemia. Os outros 38 casos são de moradores de outras localidades espalhados pela cidade, que apresentavam um único caso por bairro até o momento da análise.
Barretos tem uma ocupação de leitos de UTI ainda muito privilegiada em relação ao resto do Estado. Na Cidade, a ocupação média entre 1º de abril e 7 de maio, passou pouco dos 20% de leitos disponíveis Já em relação a internação na Enfermaria, o número de ocupação sobe para mais de 50% no pico do mesmo período.
Outro dado importante é que as internações motivadas por SRAG – Síndrome Respiratória Aguda Grave na cidade subiram de 2019 para 2020 em 2.120%, um número que chama a atenção. Em abril de 2019 foram registradas cinco pessoas internadas na rede pública de saúde com a Síndrome. Já em 2020, no mesmo mês, o número subiu para 106 registros.
Segundo o secretário municipal de Saúde de Barretos, Alexander Stafy Franco, os números analisados mostram que a transmissão do Covid-19 está ocorrendo de forma comunitária, ou seja, está em todas as áreas do município. “A rede de assistência está muito bem organizada e articulada, desde a atenção básica, até o serviço de alta complexidade, Hospital Nossa Senhora. Observa-se um aumento absurdo de internações por síndrome respiratória aguda grave”, chama a atenção o secretário.
“Reforçamos que as pessoas mantenham a higienização das mãos e rosto e se esforcem, ao máximo, na continuidade do distanciamento social, e se tiver que sair, apenas na extrema necessidade, Quando for preciso o façam com a utilização de máscaras”, lembra Alex da Saúde.
Um dos dados mais importantes para o secretário são os gráficos que comparam a taxa de isolamento na Cidade com o número de casos. “Na comparação dos dois gráficos fica claro que todos os índices de isolamento social atingidos se refletem quinze dias após, seja para o achatamento da curva ou aumento exponencial de casos. E, se observarmos o gráfico com atenção, verificamos que a curva começou a achatar aproximadamente 15 dias após o início da quarentena e, desde então, essa inclinação da curva tende a se manter em um nível de crescimento constante, claro que diretamente proporcional ao envolvimento de cada cid adão com o isolamento social. Para exemplificar melhor, a quarentena iniciou, na prática, em 23 de março. Entre 8 e 11 de abril tivemos o achatamento da curva, na qual não se apresenta grande crescimento exponencial”, encerra o Secretário.