Coronavírus mata mais de 2 mil em SP, com novo recorde de 224 óbitos em 24h
Sessão Deliberativa Remota destinada a deliberar sobre o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 88/2020, que reconhece o estado de calamidade pública no Brasil.
O Senado vota nesta sexta-feira (20) o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 88/2020, que reconhece o estado de calamidade pública no Brasil. Esse é o único item na pauta da reunião, convocada pela Presidência do Senado Federal. A sessão deliberativa é remota, ou seja, senadores poderão debater o assunto e votar a matéria pelo computador, sem estar presentes ao Plenário.
A proposta, aprovada na noite da quarta-feira (18) pela Câmara dos Deputados, permite que o Executivo gaste mais do que o previsto e desobedeça às metas fiscais estabelecidas para 2020 para custear ações de combate à pandemia de coronavírus. O senador Weverton (PDT-MA) é o relator da proposta.
A sessão deliberativa remota é conduzida pelo 1º vice-presidente do Senado Federal, senador Antonio Anastasia (PSD-MG).
Na sala da Secretaria de Tecnologia da Informação do Senado Federal (Prodasen), senadores e funcionários da Casa se preparam para o ínicio da sessão.
Foto: Jane de Araújo/Agência Senado

COVID-19 já atingiu 305 cidades, quase metade do total do Estado; mais de 700 vítimas fatais e de 1/3 dos casos ocorreram no interior, litoral e Grande São Paulo

Mais 224 mortes relacionadas ao novo coronavírus foram confirmadas desde ontem, em SP. Com esse novo recorde num intervalo de 24h, o Estado atinge um total de 2.049 óbitos em SP nesta terça-feira (28).

Entre o total de vítimas fatais, 728 residiam em cidades do interior, litoral e Grande São Paulo, por onde a doença tem crescido. São 141 municípios com pelo menos um óbito, incluindo a capital.

Quase metade do total de municípios em SP já foi alcançada pela COVID-19. Das 645 cidades de SP, 305 tiveram pelo menos um caso da doença. Entre os 24.041 confirmados em todo o território, 8.644 dos infectados moravam fora da cidade de São Paulo.

A COVID-19 também provocou a internação de mais de 8 mil pessoas nos hospitais de SP. Hoje, há 3.124 pacientes em UTI e 4.927 em enfermaria.

Também houve crescimento de um ponto percentual na taxa de ocupação dos leitos de UTI para atendimentos a COVID-19. Nesta segunda, está em 61,6% no Estado de São Paulo e 81% na Grande São Paulo.

Perfil da mortalidade

Entre as vítimas fatais, estão 1.189 homens e 860 mulheres. Os óbitos continuam concentrados em pacientes com 60 anos ou mais, totalizando 74,7% das mortes.

Observando faixas etárias subdividas a cada dez anos, nota-se que a mortalidade é maior entre 70 e 79 anos (521 do total), seguida por 60-69 anos (453) e 80-89 (408). Também faleceram 150 pessoas com mais de 90 anos. Fora desse grupo de idosos, há também alta mortalidade entre pessoas de 50 a 59 anos (260 do total), seguida pelas faixas de 40 a 49 (156), 30 a 39 (76), 20 a 29 (17) e 10 a 19 (7), e um com menos de dez anos.

Os principais fatores de risco associados à mortalidade são cardiopatia (60,1% dos óbitos), diabetes mellitus (43,6%), doença renal (12,1%), pneumopatia (11,6%), e doença neurológica (11,3%). Outros fatores identificados são imunodepressão, obesidade, asma e doenças hematológica e hepática. Esses fatores de risco foram identificados em 1.687 pessoas que faleceram por COVID-19 (82,3%) do total.

A relação de casos e óbitos confirmados por cidade pode ser consultada em: https://www.saopaulo.sp.gov.br/coronavirus/.

Dados atualizados em 28/04 – 13h

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